Ilustração na Pregação: O que é, Como usar e Onde encontrar boas Ilustrações para o Sermão?

Ilustração na Pregação

Grandes pregadores já experimentaram a eficácia de usar uma boa ilustração na sua pregação. As ilustrações além de conectar os ouvintes ao sermão, torna a mensagem mais clara.

Mas o que é uma Ilustração na Pregação?

A exemplo de Jesus, o pregador deve ser hábil em contar histórias. E quem quiser se desenvolver como comunicador da Palavra deve procurar crescer nesta arte. Jesus é incomparável na arte de usar ilustrações.

Veja um exemplo básico: Janelas são uma das primeiras preocupações para quem planeja construir. Ninguém constrói uma casa sem janelas; elas arejam e clareiam a casa, tornando-a mais agradável. Assim acontece com o sermão: as ilustrações além de atrair a atenção dos ouvintes, tornam mais claro o que desejamos comunicar.

Ainda usando o exemplo da janela, a principal razão para a construção de janelas numa casa é deixar a luz entrar.




Resumindo em poucas palavras, ilustrar é esclarecer, elucidar, exemplificar, tornar mais claro.

O príncipe dos pregadores, Charles Spurgeon disse que “até as crianças abrem os olhos, os ouvidos e um sorriso quando contamos uma estória”. Pregações sem ilustrações dificilmente prendem a atenção dos ouvintes.

Assim é no sermão: as ilustrações servem para tornar mais claras as ideias que estão sendo comunicadas. James Crane disse que a ilustração ajuda a congregação a ver com os olhos da mente.

O pregador deve, portanto, investir na habilidade de contar histórias. Jesus foi um grande exemplo no uso de ilustrações. Em seus sermões, Ele usou ilustrações da história do povo de Israel, da realidade do momento, da natureza, dos problemas e conflitos vividos pelos ouvintes.




Suas ilustrações, muitas vezes em forma de parábolas, apelaram à imaginação dos ouvintes, fazendo com que eles entendessem a mensagem.

Tipos de Ilustrações

Breves narrativas e até pequenas frases podem servir como ilustrações para a pregação. Não pense que só as longas histórias servem como ilustrações. Não é a duração que determina o valor da ilustração. Jesus usou ilustrações breves que serviram para atrair a atenção dos seus ouvintes e fixar a mensagem apresentada.

No famoso Sermão do Monte e demais sermões de Jesus, mostra como o maior pregador de todos os tempos foi um Mestre no uso de boas ilustrações.

Metáforas

É o emprego de palavra ou expressão, com sentido figurado, aplicando-o à outra para sugerir relação entre ambas.




Veja quantas metáforas Jesus usou em seus sermões:

  • “Vinde…, e eu vos farei pescadores de homens”. (Mt 4:19)
  • “Vós sois o sal da terra”. (Mt 5:13)
  • “Vós sois a luz do mundo (Mt 5.14)
  • “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens”. (Mt 5:16)
  • “São os olhos a lâmpada do corpo”. (Mt 6:22)
  • “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso”. (Mt 6:22)
  • “Se os tens olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas “. (Mt 6:23)
  • “Caso a luz que há em ti sejam trevas, que grandes trevas serão”. (Mt 6:23)
  • “Não deis aos cães o que é santo… ” (Mt 7:6)
  • “…Nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas…” (Mt 7:6)
  • “Entrai pela porta estreita”. (Mt 7:14)
  • “Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição”. (Mt 7:13)
  • “Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida…” (Mt 7:14)
  • “Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores “. (Mt 7:15)
  • “A árvore boa produz bons frutos”. (Mt 7:16)
  • “Pelos frutos os conhecereis”. (Mt 7:20)

Símiles

É a comparação de algo semelhante. Jesus fez bastante uso de símiles. Observe os exemplos:

“Todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha”. (Mt 7:24)

“Todo aquele que não ouve estas minhas palavras e não as pratica, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia”. (Mt 7:26)




“O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou a boa semente no campo”. (Mt 13:24)

“O reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda…” (Mt 13:31)

Parábolas

São narrações alegóricas, criadas para através de seus personagens e situações, chamar a atenção dos ouvintes para o ensino a ser ministrado. Jesus foi o Mestre no uso de parábolas na pregação.

Jesus lançou mão de estórias completas, com cenários, e personagens diversos que enfrentam problemas e tomam decisões. É o caso das Parábolas:




  • O Semeador (Lc 8.4-8);
  • O Bom Samaritano (Lc 10.30-36);
  • A Grande Ceia (Lc 14.15-24);
  • A Ovelha Perdida (Lc 15.4-7);
  • A Moeda Perdida (Lc 15.8-10);
  • O Filho Pródigo (Lc 15.11-32);
  • O Administrador Infiel (Lc 16.1-13);
  • O Rico e Lázaro (Lc 16.19-29);
  • O Juiz Iníquo e a Viúva Importuna (Lc 18.1-6)
  • O Fariseu e o Publicano (Lc 18.9-14)
  • Os Vinhateiros Homicidas (Lc 20.9-18)

Como Ter Boas Ilustrações para sermões

As ilustrações são, muitas vezes, a parte da pregação que mais fica gravada no coração e na mente das pessoas. Por esta razão é preciso selecioná-las cuidadosamente. Não basta ser uma boa história para ser uma boa ilustração; não basta ter uma excelente verdade a comunicar para ser excelente no sermão.

Uma boa ilustração é aquela cuja história está de acordo com o tema da mensagem. Por mais que uma história seja excelente, se a lembrança dela não tornar mais clara a verdade central da pregação e seu apelo, não terá valido a pena sua inserção.

Spurgeon recomendou que a s ilustrações nunca devem ser vulgares ou indignas; ele adverte: “Podem não ser muito elevadas, mas devem ser de bom gosto. Podem ser simples, e, todavia, castiçamente belas;
mas rudes e grosseiras não devem ser nunca”.

Onde Encontrar Boas Ilustrações para pregação?

Antes de mais nada, você pode encontrar boas ilustrações aqui no site.




Na Bíblia

A Bíblia é um livro repleto das mais ricas e preciosas ilustrações. Por ser o livro da igreja, seus relatos estão entre os mais aceitos pelos ouvintes. Entretanto, o uso de ilustrações bíblicas requer atenção especial. Se você estiver pregando sobre Davi e ilustrar com a história de José, cuidado para que os ouvintes não saiam confusos, sem saber qual dos personagens foi o principal.

É bem verdade que a mensagem pode ser elaborada com base em dois ou mais personagens, mas a diferença entre o personagem do texto e o personagem da ilustração deve ser clara: o primeiro, além de ilustrar, oferecerá condições de explanação, e o segundo terá simplesmente a função de ilustrar.

Na experiência pessoal

Nossas experiências pessoais fornecem boas ilustrações para a pregação. Pois, as pessoas irão se identificar muito com histórias que também podem acontecer com elas.

Nas ilustrações da experiência pessoal o pregador precisa cuidar para não aparecer como mocinho ou vilão. É bom contar a história sem chamar a atenção para si como pregador. E lembre-se de que quem deve ser glorificado é Deus e não o homem. Por isso use ilustrações da vida pessoal, mas tenha cuidado ao contá-las. Foque em transmitir uma mensagem e não se promover.

Ilustrações das experiências do povo

Contar uma história que se passou com outra pessoa é uma boa forma de ilustrar uma mensagem na pregação. No entanto, nesse gênero de ilustrações é necessário haver cuidado com a ética pastoral, não revelando problemas do povo.

Lembre-se de não colocar ninguém em “saia justa”. Só conte se a história servir para ilustrar algo e nunca deve causar algum constrangimento a alguém.

Outras tipos de ilustrações são bem úteis, como:

  • Ilustrações de livros
  • Ilustrações da natureza
  • Ilustrações dos dados estatísticos
  • Ilustrações de notícias da mídia, etc.

Alguns tipos de Ilustrações que devem ser evitadas:

  • Histórias da mesma fonte
  • Histórias do gabinete pastoral
  • Histórias da família do pastor
  • Histórias constrangedoras
  • Histórias impróprias ao púlpito
  • Histórias com dose excessiva de humor
  • Piadas de mau gosto

Palavras e expressões que não edificam não devem fazer parte do nosso vocabulário e, muito menos, serem usadas no púlpito como uma ilustração.

Boas ilustrações, com um boa aplicação, torna o sermão relevante, capaz de falar ao coração do ouvinte na atualidade.

Sobre o Autor

Professor André
Professor André

Formado em Teologia, Tecnólogo em Gestão da Qualidade, Professor de cursos de Homilética, Exegese e Hermenêutica, André ministra na EBD e escreve para a Biblioteca do Pregador. "Fico feliz em compartilhar meus conhecimentos aqui no Conselho de Pastor".

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