8 Coisas que a submissão no casamento, não é?
Compreender o significado da submissão bíblica em nossa vida cotidiana, enquanto enfrentamos os inevitáveis conflitos nos relacionamentos, é fundamental. Muitas vezes, a resistência a essa ideia surge de uma interpretação equivocada.
Especialmente para as mulheres maduras, é importante abordar esses equívocos para que possam cumprir o seu papel intruindo mulheres mais jovens sobre a importância de serem respeitadas e honradas em seus casamentos e da mesma forma honrarem e respeitarem seus esposos, segundo a verdade contida na Palavra de Deus.
Aqui estão alguns princípios essenciais que devemos aprender, sobre o que a submissão no casamento não é.
1. A submissão da esposa não é aos homens em geral
Cada indivíduo – seja homem ou mulher, jovem ou velho – possui vínculos que demandam submissão, seja aos pais, ao chefe, às autoridades civis ou aos líderes espirituais da igreja. Todos nós, como seguidores da fé, devemos cultivar uma postura humilde e submissa uns para com os outros dentro do corpo de Cristo (Efésios 5.21). No entanto, quando as Escrituras orientam as esposas a se submeterem, é especificamente aos “seus próprios maridos”, os quais foram designados por Deus para liderar suas esposas, amá-las e sacrificar-se por elas.
2. A submissão não é sinônimo de inferioridade
Submissão conjugal, não é o grito dos autoritários e nem mesmo implica na inferioridade da esposa em relação ao marido. Pelo contrário, as Escrituras deixam claro que homens e mulheres foram criados à imagem e semelhança de Deus, conferindo-lhes valor equiparável. Ambos desfrutam de acesso igualitário ao Pai e compartilham da co-herança em Cristo, recebendo igualmente o Espírito Santo. Sendo redimidos e batizados em Cristo de maneira equivalente, participando igualmente dos dons espirituais. Além disso, são igualmente amados e valorizados por Deus.
3. A submissão não é uma obediência forçada
No Novo Testamento, a palavra utilizada para “submissão” que descreve a conduta ordenada de seguir um líder, implica em uma ação voluntária. Em uma compreensão apropriada do matrimônio, nenhum esposo deve coagir sua esposa a se submeter a ele por meio de pressão ou manipulação. A submissão é uma escolha voluntária dela não apenas de seguir, mas, acima de tudo, de obedecer ao seu Senhor.
4. Submissão não é a ser sujeitada a humilhação
Uma esposa não deve ser vista como uma mera empregada contratada, uma funcionária, ou uma criança. Ela não é uma cidadã de segunda classe que se curva aos pés de seu superior. A submissão é, antes de tudo, uma resposta alegre, inteligente e amorosa à posição designada por Deus para seu marido como seu líder espiritual (consulte Efésios 5: 22-23). E essa liderança não significa que o marido possua autoridade absoluta sobre sua esposa. Os maridos não detêm a autoridade suprema sobre suas esposas; é Deus quem a possui. A autoridade é apenas delegada aos maridos por Deus, e eles serão responsáveis perante Ele por exercê-la de maneira humilde, sacrificial e amorosa.
5. A submissão não é aceitar tudo
Optar por estar sob a liderança do marido não implica automaticamente em uma vida de obediência absoluta e sem questionamentos. É importante reconhecer que você mantém suas próprias perspectivas válidas e tem o direito de expressá-las de forma respeitosa e gentil. Como parceira que auxilia o marido, é essencial não negligenciar seu papel ao não destacar questões que ele possa não perceber ou compreender completamente.
6. A submissão não quer dizer que os maridos estejam sempre certos
É importante lembrar que seu esposo não é infalível – isso já é claro para você. Ele é tão humano e falível quanto você – essa é uma verdade que você também precisa reconhecer. Portanto, a obediência conforme os ensinamentos bíblicos não deve depender da sabedoria, piedade ou habilidade do seu marido, nem mesmo se sua personalidade ou maneirismos são do seu agrado. Em suma, o sucesso deste padrão no casamento não está centrado nele, mas sim em Deus. É Deus quem orienta e é a Ele que devemos nos submeter em nossos casamentos, tanto eu quanto você.
7. A submissão não requer que a esposa siga cegamente o marido em atos de pecado
Sua devoção suprema deve ser para com Cristo. Se o cônjuge abusar da autoridade concedida por Deus e exigir algo contrário à Palavra e à vontade divina, é imperativo priorizar a obediência a Deus sobre a do cônjuge.
Entretanto, com base em minha observação ao escutar várias esposas em relacionamentos difíceis, percebo que muitas vezes enfrentam dificuldades ao serem guiadas de maneiras que não preferem ou que contradizem suas convicções morais, ao invés de se oporem a práticas proibidas pela Bíblia e pela consciência. É importante distinguir entre essas situações ao responder à liderança do cônjuge.
8. A submissão não dá lugar ao abuso
A submissão da esposa não concede ao marido permissão para abusar dela, em momento algum. Sempre que as mulheres são orientadas nas Escrituras a se submeterem aos seus maridos, há uma clara instrução para que os maridos as amem e as protejam sempre. Não existe qualquer justificativa aceitável para um marido abusar de sua esposa, quer seja através de abuso físico ou verbal direto, ou mesmo por meio de manipulação e intimidação, que alguns podem chamar de “abuso sutil”.
Se você está enfrentando abuso ou suspeita estar sendo abusada, o meu conselho é para que você busque ajuda imediatamente. Não há respaldo nas escrituras para tal comportamento. Se você ou seus filhos estão em perigo físico ou sob ameaça, é essencial buscar um lugar seguro e contatar as autoridades civis e espirituais para proteção.
Quando as pessoas distorcem a ordem estabelecida por Deus em qualquer contexto, o problema reside não na vontade divina, mas nas distorções pecaminosas da humanidade. Portanto, a resposta para os desafios que surgem na aplicação deste princípio no casamento não é rejeitar a ideia de submissão, mas sim alinhar nossa compreensão e prática com o que as Escrituras realmente ensinam. Quando vivemos de acordo com o plano divino, bênçãos fluem do céu sobre nós, revelando a beleza do caráter de Deus e Seus caminhos, em nós e através de nós.
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