Como estruturar um Culto fúnebre ou serviço memorial

culto fúnebre

Ser pastor é um dever sagrado, no qual você se encontra presente nos pontos mais altos e mais baixos da vida das pessoas de sua comunidade. 

Os pastores são um dos primeiros a ir ao hospital quando um novo bebê nasce, e muitas vezes ficam no altar ao lado de novos noivos e noivas. Mas eles também estão entre os primeiros a chegar ao hospital durante uma emergência médica, uma doença terminal, morte súbita e nos serviços fúnebres.

Preparar-se para oficiar um culto fúnebre ou serviço memorial pode parecer uma tarefa assustadora, especialmente quando você entende que a família do falecido está olhando para você não apenas para conforto, mas para orientação e sabedoria para planejar um memorial adequado.

Durante este período de luto, uma das coisas mais importantes que você pode fazer é simplesmente estar lá para a família. Expresse simpatia e empatia por seus momentos de lágrimas. Escute bem. Se você conheceu pessoalmente o ente querido que faleceu, compartilhe sobre sua afeição mútua por ele. 




Quanto ao esboço do serviço fúnebre, não precisa ser complicado. Embora algumas famílias tenham elementos particulares que desejam incluir no culto, muitas esperam que seu pastor forneça a estrutura geral. 

Abaixo está um esboço do serviço fúnebre que foi dado por um pastor que me orientou. Depois de décadas de ministério pastoral e inúmeros serviços fúnebres, ele era nada menos que magistral quando se tratava de planejar e oficiar um funeral. 

O que ele me ensinou, eu passo para você. 

Esboço do serviço fúnebre

Abertura de boas-vindas e oração

Durante a abertura de boas-vindas, apresente-se e agradeça a todos os presentes por terem vindo celebrar a memória do seu ente querido. 




Assegure a todos que não há problema em sentir emoções fortes e expressar essas emoções através das lágrimas. Assegure-lhes também, principalmente no caso de alguém que viveu uma vida longa e plena, que também não há problema em rir e sorrir ao lembrar o carinho que tinham por alguém que já faleceu. 

Faça sua oração curta e reconfortante.

Leitura das Escrituras 

A leitura pública da bíblia sagrada tem um jeito de acalmar e tranquilizar as almas das pessoas que a ouvem, mesmo que essas pessoas não sejam necessariamente cristãs ou mesmo pessoas de fé. Para aqueles que seguem a Jesus, às vezes as palavras familiares de passagens muito usadas podem trazer um imenso conforto.

Como oficiante, você mesmo pode fazer a leitura da bíblia ou pode optar por incluir outro pastor em sua equipe, um líder ou um ente querido do falecido. 




Exdmplos de Versículos bíblicos para serem lidos em cultos fúnebres: 

Salmos 23Salmos 116Salmos 1392 Coríntios 1:3-71 Tessalonicenses 4:13-18 e Apocalipse 21:1-7.

Resumo e celebração da vida do falecido

Após a leitura da bíblia sagrada, você pode oferecer um resumo da vida do falecido como oficiante. 

Isso exigirá que você se reúna com a família antes do culto para entrevistá-los. 




Faça anotações detalhadas sobre quando e onde a pessoa nasceu, quem eram seus pais e irmãos, onde estudaram, quando se casaram, o que faziam para viver, do que eram apaixonados, do que suas famílias se lembram com mais carinho eles, a maneira de sua morte, e quem eles deixam para trás. 

Faça todo o possível para dar um relato fiel da vida da pessoa, homenageando sua herança, seu caráter, os desafios que superou e o legado que deixou. 

Compartilhamento pessoal de memórias

Depois de fazer um relato fiel da vida do falecido, convide familiares e amigos para vir e compartilhar lembranças pessoais sobre o ente querido. 

Embora alguns serviços fúnebres e memoriais ofereçam um tempo de compartilhamento no estilo “microfone aberto”, a pré-designação de um número selecionado de pessoas para compartilhar pode ser sensato. 




Isso manterá o serviço dentro de um prazo determinado, bem como evitará o perigo de alguém seqüestrar o microfone para compartilhar um elogio de duração difícil ou conteúdo questionável. 

Como o oficiante, deixe que os presentes saibam quem e quantos compartilharão memórias pessoais e, em seguida, convide-os um após o outro. Assegure a todos os presentes que haverá tempo suficiente para compartilhar mais de suas histórias e memórias na recepção. 

Leitura da bíblia sagrada

É sempre bom marcar a lembrança dos falecidos com as leituras da bíblia sagrada. 

Se você designou alguém para fazer a leitura de um versículo bíblico para o culto, considere permitir que eles selecionem duas de suas passagens favoritas de uma lista predeterminada para as duas leituras. 




Caso contrário, considere ler uma passagem do Antigo Testamento e uma passagem do Novo Testamento.

Mensagem de Esperança (Sermão)

Neste ponto do culto, você deve compartilhar um breve sermão que inclua a mensagem do evangelho. 

Se o falecido era um seguidor de Jesus, conecte diretamente a mensagem da morte e ressurreição de Jesus à esperança que o falecido tinha e agora vê cumprida em sua vida além-túmulo. 

Este sermão deve ser breve, pungente, esperançoso e compassivo. Entre 10 a 15 minutos, um tempo bastante hábil. 

Neste momento a meditação em João 14 e 1 Coríntios 15 são excelentes opções para centralizar sua mensagem. 

Vídeo/Slideshow de Memórias

Após uma breve oração para concluir o sermão, convide os presentes a assistir a uma apresentação de slides de vídeo com fotos da vida do falecido. 

Ao se preparar para o culto, incentive os membros da família a manter a apresentação de slides o mais breve possível, 10 minutos deve ser o máximo. 

Incentive-os também a incluir fotos de diferentes idades e estágios da vida de seus entes queridos (tanto quanto puderem), bem como limitar imagens duplicadas que talvez sejam várias fotos do mesmo evento. 

Se a família precisar de assistência técnica na preparação da apresentação de slides, considere quem da sua equipe ou equipe de voluntários, você pode chamar para ajudá-los a montar.

Bênção Final

Após a apresentação de slides do vídeo, volte ao palco para dar uma bênção final. Você pode escrever algumas palavras de encorajamento que sejam particularmente relevantes para a família ou que se relacionem com algo que foi compartilhado no culto. 

Uma coisa interessante a se fazer é encorajar as pessoas ali presentes a marcar em seus calendários para daqui a um ano. Embora os pais, cônjuge ou filhos possam sentir uma onda de apoio nas semanas após o falecimento de seu ente querido, esse tipo de atenção geralmente acaba logo após o término do funeral. 

No entanto, se aqueles que estiverem presentes no funeral, marcarem essa data em sua agenda, eles serão lembrados de visitar a família e fornecer-lhes o apoio e incentivos necessários. 

Depois de dar sua oração e bênção final, instrua os presentes sobre onde será a recepção. Instrua todos a permanecerem sentados até que a família tenha a chance de sair do auditório ou capela onde o culto foi realizado. 

Acomodando os pedidos da família

Importante notar sobre este esboço de serviço funerário é que ele simplesmente fornece uma estrutura aproximada para ajudá-lo no planejamento do memorial e pode ser ajustado para atender às necessidades da situação ou solicitações específicas da família.

Por exemplo, algumas famílias podem querer incluir um elemento musical ou uma música especial. Outros podem ter tradições familiares ou culturais únicas que desejam adicionar. Outros ainda podem querer organizar os elementos de serviço de uma maneira ligeiramente diferente. 

Seja flexível e paciente com a família, que está de luto e nem sempre apresenta os ajustes sugeridos com a maior desenvoltura. 

Lembre-se também de que você é o pastor e é sua responsabilidade garantir que o serviço corra bem, então tome cuidado para explicar algumas das considerações acima com graça, em última análise, estando disposto a ceder no que você acha que fará o melhor serviço em favor de os mais fortes desejos da família. 

Mais importante ainda, faça tudo o que puder para transmitir o quanto você se importa com a família em seu momento de luto. Ofereça abraços frequentes, orações e palavras tranquilizadoras.

Quando o serviço fúnebre tiver passado, o que a família se lembrará não é da sua capacidade de realizar um culto fúnebre, mas da compaixão e bondade que você demonstrou a eles, quando mais precisavam. 

Sobre o Autor

Professor André
Professor André

Formado em Teologia, Tecnólogo em Gestão da Qualidade, Professor de cursos de Homilética, Exegese e Hermenêutica, André ministra na EBD e escreve para a Biblioteca do Pregador. "Fico feliz em compartilhar meus conhecimentos aqui no Conselho de Pastor".

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