Virgem Maria: 13 Fatos interessantes da vida de Maria, mãe de Jesus

Maria mãe de Jesus

A virgem Maria foi a escolhida, dentre tantas mulheres que aguardavam a promessa divina, para gerar, pelo Espírito Santo, o Filho de Deus.

Apesar de Maria, ainda ser uma jovem quando chamada para uma tão nobre missão, ela se colocou submissa à vontade divina, mostrando o quanto confiava e amava ao Senhor. Ela não pensou o que poderia acontecer com sua reputação, mas se entregou totalmente aos planos do Pai.

A imaculada Maria não somente deu à luz o Salvador, mas como mãe esteve presente em todas as fases da vida do seu Filho. Ela foi realmente uma serva voluntária que confiou em Deus e obedeceu ao Seu chamado. Embora sua vida fosse uma grande honra, seu chamado também exigia grande sofrimento.

Agora te convido querido leitor(a), a conhecermos juntos os principais fatos da história de Maria mãe de Jesus, bem como os principais versículos que falam sobre ela na bíblia e a lição chave que podemos aprender com a tão reverenciada virgem Maria, a jovem agraciada.




1. Maria era da linhagem real

Quando começamos a ler o livro de Mateus, vemos que ele inicia com o registro da genealogia de Jesus: “Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão […]” (Mt 1.1,6), marcando o início da linhagem real que conecta Maria a Davi.

A verdade judaica de que o Messias surgiria da descendência de Davi era evidente (Jo 7.41,42).

Paulo, por sua vez reitera que Jesus “nasceu da descendência de Davi segundo a carne” (Rm 1.3; Gl 4.4; 2Tm 2.8), estabelecendo assim a ligação de Maria com a linhagem davídica. Enquanto Mateus lista os antepassados ​​de José, Lucas fornece uma genealogia dos antepassados ​​de Maria.

Ambos, Maria e José, eram descendentes de Davi, como evidenciado pelo fato de terem sido registrados em Belém, a cidade de Davi, durante o censo de César. Este detalhe torna-se crucial, pois, se Maria não fosse descendente de Davi, teria sido obrigada a se recensear em outra cidade.




“E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo.” (Mt 1.16)

2. Maria era prima de Izabel

Maria e Isabel eram primas, o qual estabelecia um vínculo familiar próximo. Essa relação é notável, pois Maria, a jovem de Nazaré, e Isabel, uma mulher mais velha, não compartilhavam apenas laços sanguíneos, mas também espirituais.

O relato bíblico, encontrado no Evangelho de Lucas, destaca a importância desse parentesco ao narrar o encontro das duas mulheres durante a gravidez de ambas. Isabel, que estava grávida de João Batista, acompanhou Maria como a “mãe do meu Senhor” (Lc 1.43), trazendo a percepção espiritual da extraordinária missão de Maria como a mãe do Messias.

Esse laço familiar entre Maria e Isabel adiciona uma dimensão emocional e espiritual à narrativa, mostrando como as vidas dessas duas mulheres estavam extremamente entrelaçadas nos eventos que cercavam o nascimento de Jesus.




3. Maria era agraciada

A afirmação de que Maria foi agraciada refere-se ao fato de que ela foi honrada por Deus, como mencionado em Efésios 1:6. Esse reconhecimento divino destaca a singularidade e a vitória especial conferida a Maria.

O termo “agraciada” sugere que Deus o favoreceu de maneira extraordinária, conferindo-lhe uma posição de destaque em Seus desígnios. Esse ato de graça divina é especialmente significativo no contexto da história cristã, pois Maria foi escolhida para desempenhar um papel crucial como mãe de Jesus, o Filho de Deus.

Essa graça não apenas ressalta a posição elevada de Maria no plano divino, mas também simboliza a predisposição de Deus para abençoar e escolher aqueles que são fiéis e obedientes à Sua vontade.

A “graça” conferida a Maria é, portanto, uma expressão do amor e favor divinos que a distingue como uma figura notável na narrativa bíblica.




4. Maria era uma jovem humilde

Maria era uma figura relativamente desconhecida, e o texto bíblico oferece escassas informações a seu respeito. A ausência de alguns registros na bíblia sagrada, como por exemplo, o nome de seus pais, atesta sua origem humilde e a falta de influência em sua comunidade.

Mesmo sendo chamada de “bendita entre as mulheres” (Lc 1.42), Maria nunca buscou glória para si ou para seu nome. Pelo contrário, ela se viu como uma “serva” carente de salvação (Lc 1.47). Ao receber a mensagem do nascimento de Jesus, humildemente declarou:

“[…] Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38).

A humildade, no novo testamento é descrita pelo termo grego “tapeinos”. O qual significa “ausência completa de orgulho, rebaixamento voluntário por um sentimento de fraqueza ou respeito, modéstia, pobreza”.




Isso se traduz como a falta de orgulho, soberba ou vaidade (Mt 11.29; Lc 1.52; Rm 12.16; 2Co 7.6; Tg 4.6; 1Pe 5.5). A Escritura destaca que Deus “dá graça aos humildes” (Tg 4.6; 1Pe 5.5) e “eleva os humildes” (Sl 147.6). Maria, ao abraçar essa humildade, torna-se um exemplo de submissão e disposição diante da vontade divina.

5. Maria possuia uma fé extraordinária

Maria estava ciente do que aconteceria, embora o modo exato lhe fosse desconhecido. Sua pergunta, registrada em Lucas 1:34 – “Como se fará isso, visto que não conheço varão?” – não refletia incredulidade, mas sim uma expressão de fé.

Ela acreditava na promessa divina, embora não compreendesse completamente como ela se concretizaria. O anjo Gabriel esclareceu que seria um milagre, uma obra do Espírito Santo.

Importante ressaltar que José, seu noivo, não seria o pai da criança, conforme detalhado em Mateus 1:18-25. Embora, mais tarde, ele reconhecesse legalmente como seu filho (Lucas 3:23; 4:22; João 1:45; 6:42).




Além disso, Gabriel enfatizou que o bebê seria “santo” e não compartilharia da natureza humana pecaminosa. Jesus, conforme afirmado em 2 Coríntios 5:21, não conheceu pecado, não cometeu pecado (1 Pedro 2:22), e nele não há pecado (1 João 3:5).

6. Maria era serva

Maria, uma mulher que se ofereceu voluntariamente a Deus, declarando:

“Eis aqui a serva do Senhor” (Lc 1:38a).

Apesar de o anjo a chamar de “favorecida”, Maria optou por uma terminologia mais humilde ao se autodenominar “serva”. Demonstrando total entrega e ausência de reservas diante do Senhor, ela estava pronta para obedecer e dedicar sua vida, seu ventre, sua alma e seus sonhos a Deus.

Maria se colocou à disposição de Deus, mostrando-se disposta a enfrentar riscos e renunciar a seus próprios anseios em favor dos propósitos divinos.

A palavra grega para “serva” é “doulos”, que carrega o significado de “servidor, escravo, criado” (VINE, 2002, p. 991). Esse termo destaca a completa submissão e disposição de Maria em cumprir a vontade do Senhor.

7. Maria, era virgem

Gabriel, o mensageiro celestial, enviado por Deus à cidade de Nazaré, especificamente a uma virgem chamada Maria (Lc 1:26,27; Mt 1:23). A virgindade desta jovem possui um profundo significado espiritual e moral.

Maria estava noiva com José, o carpinteiro, e mantinha sua pureza moral intacta. José não teve relações matrimoniais com Maria antes do nascimento de Jesus (Mt 1:25). Sua castidade era crucial para o cumprimento das profecias (Is 7:14; Mt 1:22-23).

Abordando a importância da pureza sexual, Paulo menciona a preparação da Igreja por Cristo como “uma virgem pura para seu esposo” (2Co 11:2).

8. Maria era adoradora

Movida por uma profunda alegria, Maria expressou seu louvor e adoração através de um cântico, conhecido como “Magnificat”, termo derivado da versão em latim de Lucas 1.46, que declara: “A minha alma engrandece ao Senhor”.

Nesse cântico, Maria demonstrou seu desejo supremo de exaltar o Senhor, não a si mesma. É evidente que o cântico de Maria incorpora citações e referências das Escrituras do Antigo Testamento, particularmente dos Salmos e do cântico de Ana em 1 Samuel 2.1-10.

Ao guardar a Palavra de Deus em seu coração, Maria transformou-a em uma expressão vibrante de louvor, destacando sua profunda conexão espiritual e comprometimento com as Escrituras.

9. Maria, foi a única pessoa que presenciou o nascimento e a morte de Jesus

A maternidade, muitas vezes, é um privilégio acompanhado de dores. Maria, uma jovem residente em Nazaré, experimentou um privilégio singular ao se tornar mãe do Filho de Deus.

Com uma jornada materna marcada por eventos extraordinários, Maria presenciou o momento em que Jesus chegou ao mundo como seu filho, um bebê vulnerável, e O acompanhou, com o seu coração dilacerado, o trágico estágio avançado de sua crucificação, confirmando-O como seu Salvador.

Sim Maria, esteve lá ao pé da cruz juntamente com seu filho, participando de todo O seu sofrimento. Esse testemunho ímpar destaca a profundidade das experiências maternas de Maria, que se estenderam desde a alegria da maternidade até o peso insondável da perda sacrificial.

10. Maria teve outros filhos depois de Jesus

Mateus 1:25, ao referir-se a José, afirma: “E não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus.” O termo “até” deixa claro que José e Maria só consumaram sua união após o nascimento de Jesus, tendo outros filhos posteriormente (Mt 13:55-56).

Deus abençoou Maria concedendo-lhe vários filhos, um sinal de vitória na cultura. Jesus, como filho de Maria, assume a natureza humana; como Filho do Altíssimo (Lc 1:32), Ele era o Filho de Deus (Lc 1:35).

O relato de Lucas (3:39-45) evidencia o cuidado amoroso de Maria com seu filho amado na adolescência, enquanto o texto de João revela seu amor ao permanecer ao lado dele na cruz do Calvário (Jo 19:25-27).

11. Maria, mãe de Jesus não é redentora

Sabemos que muitos consideram Maria como redentora da humanidade, contudo, isso não é verdade. A redenção é obra exclusiva de Jesus Cristo. Vemos na bíblia sagrada que Jesus é o único Redentor e Salvador, cuja morte e ressurreição obtiveram a redenção e a salvação para aqueles que Nele creem.

É importante lembrar, que apesar de Maria ter desempenhado um papel importantíssimo na história da fé, não podemos confundir esses papéis.

12. Maria não é mediadora

Outro fato muito interessante para nós abordarmos aqui, é o fato que Maria, mãe de Jesus também não é mediadora. Em Mateus 4:10 somos exortados a adorar somente ao nosso Deus. No entanto, surgem divergências e heresias relacionadas ao culto a Maria, como a Assunção, o qual afirma sua elevação aos céus. Contudo, essa ideia é refutada, pois Maria era um ser humano como qualquer um de nós. Ela morreu, aguarda a ressurreição no arrebatamento da Igreja.

13. Maria não é intercessora

Outra fato importante também a ser lembrado aqui neste estudo bíblico sobre a virgem Maria é o fato de que ela não é intercessora. Essa é uma heresia discutida, contradizendo o enunciado bíblico que estabelece que apenas Jesus pode interceder por nós, conforme indicado em 1 Timóteo 2:5 e Romanos 8:34.

O fato de que Maria possuí uma autoridade suprema é desmentida. Pois a Escritura afirma que somente Jesus possui uma autoridade suprema, como mencionado em Mateus 28:18. Estes pontos refletem debates teológicos sobre o papel e a posição de Maria que divergem da perspectiva bíblica.

Maria merece nosso respeito e admiração, mas, render-lhe culto, adorá-la, ou considerá-la intercessora entre Deus e os homens, isso não. Isso pertence única e exclusivamente a Jesus.

Versículos da Bíblia sobre Maria, mãe de Jesus

virgem Maria na Bíblia

1. Atos 1:14 ARC:

“Todos estes unanimemente se dedicavam à oração, juntamente com as mulheres e Maria, mãe de Jesus, e seus irmãos.”

2. João 19:26-27 ARC:

“Quando Jesus viu que sua mãe e o discípulo que ele amava estavam ali perto, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’ E a partir daquela hora o discípulo a levou para sua casa.”

3. João 19:25-27 ARC:

“Mas junto à cruz de Jesus estavam sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, esposa de Clopas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu que sua mãe e o discípulo que ele amava estavam ali perto, disse à sua mãe: ‘Mulher, eis o teu filho!’ Depois disse ao discípulo: ‘Eis a tua mãe!’ E a partir daquela hora o discípulo a levou para sua casa.”

4. Lucas 11:27-28 ARC:

“Enquanto ele dizia essas coisas, uma mulher que estava no meio da multidão levantou a voz e disse-lhe: ‘Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os seios em que amamentaste!’ Mas ele disse: ‘Bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a guardam!'”

5. Lucas 1:28 ARC:

“E ele veio até ela e disse: ‘Saudações, ó favorecida, o Senhor está contigo!'”

6. Gálatas 4:4-5 NVI:

“Mas quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção como filhos.”

7. João 19:25 ARC:

“Mas junto à cruz de Jesus estavam sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria, esposa de Clopas, e Maria Madalena.”

Lição que aprendemos com Maria, mãe de Jesus

lição que aprendemos com Maria mãe de Jesus

A vida de Maria, a mãe de Jesus, nos ensina uma lição profunda sobre humildade, fé e submissão à vontade divina. Em meio à simplicidade de sua origem e ao papel aparentemente comum que desempenhava como uma jovem mulher, Maria foi escolhida para cumprir uma missão extraordinária.

Sua coragem ao ouvir a mensagem do anjo Gabriel, mesmo sem entender completamente como seria possível, revela uma confiança profunda em Deus. Maria não deixou que a aparente impossibilidade o impedisse de se realizar aos planos de Deus para sua vida.

Sua resposta, “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1:38), reflete uma submissão calorosa e uma disposição inabalável para seguir a vontade divina.

Ao longo de sua jornada, Maria enfrentou grandes desafios, desde o nascimento incomum de Jesus até a testemunha angustiante de sua crucificação. Sua presença constante e silenciosa nos momentos cruciais destaca uma fortaleza tranquila e uma fé inabalável.

Podemos aprender com Maria a importância de confiar em Deus mesmo quando os planos parecem além da nossa compreensão, abraçar a humildade em nosso serviço a Ele e manter a fé, mesmo nos momentos de dificuldade. Sua vida nos lembra que, independentemente das situações, a disposição de seguir a vontade de Deus é uma fonte de verdadeira grandeza espiritual.

Enfim, Maria brilha como um símbolo do desejo divino de utilizar o obscuro e o comum. Que inspiração podemos extrair dessa simples camponesa, que hoje é reverenciada como uma das mulheres mais amadas de todos os tempos!

A escritora Edith Deen escreveu: “Embora ela nunca tenha ultrapassado as fronteiras da Palestina, viajando apenas ao Egito, e sempre sobre um burro, sua história ecoa pelos cantos mais distantes da terra”.

Amados (a), que possamos hoje, aprender com o exemplo de Maria. Recordando a importância de viver com humildade e agir com coragem. Assim como Maria, cada um de nós pode deixar uma história registrada aqui nesta terra.

Visão Bíblica de um especialista sobre a história de Maria, mãe de Jesus

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Sobre o Autor

Professor André
Professor André

Formado em Teologia, Tecnólogo em Gestão da Qualidade, Professor de cursos de Homilética, Exegese e Hermenêutica, André ministra na EBD e escreve para a Biblioteca do Pregador. "Fico feliz em compartilhar meus conhecimentos aqui no Conselho de Pastor".

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